
Publicada em 02/06/2025 às 09h16
As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia foram retomadas nesta segunda-feira (2) em Istambul, ofuscadas pelo audacioso ataque em larga escala de drones ucranianos contra quatro bases estratégicas russas, que destruiu 41 bombardeiros com capacidade nuclear.
Batizada de “Teia de Aranha”, a operação militar foi cuidadosamente planejada durante um ano e meio e conseguiu humilhar, num golpe surpreendente, o país invasor.
Diante disso, torna-se ainda menos provável que esta segunda rodada de conversas diretas entre Rússia e Ucrânia produza algo construtivo na direção de um acordo que ponha fim à guerra de três anos, como almeja o presidente norte-americano, Donald Trump.
Num sinal que mina a credibilidade dos EUA, o engenhoso ataque ucraniano deste domingo teria sido executado sem o conhecimento da Casa Branca.
Vídeo mostra o momento em que drone sai de caminhão no ataque na Sibéria
A convicção de Trump de que acabaria com o confronto no primeiro dia de seu governo dissipou-se em frustração, sobretudo, pelas sucessivas manobras de Vladimir Putin, que sequer forneceu um memorando delineando suas exigências para um cessar-fogo.
O presidente norte-americano tentou inutilmente enquadrar Zelensky e depois Putin para um acordo de paz. Ultimamente, ele tem emitido sinais de que deseja afastar-se do confronto e deixá-lo por conta de seus próprios protagonistas, mas agora parece ser tarde demais para simplesmente abandonar o confronto.
