
Publicada em 07/06/2025 às 09h35
O FOLHA DO SUL ON LINE teve o ao auto de infração que mostra a multa de mais de R$ 5 milhões aplicada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) contra órgão da Prefeitura de Vilhena, no caso a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). O documento é datado da última quarta-feira, 4 de junho.
Segundo apurou este site, que já produziu várias reportagens sobre o assunto, um local na Linha 135, usado como “lixão”, teria motivado a milionária punição contra o município. O espaço, que ganhou o apelido de “Buracão da 135”, sempre foi usado por moradores para jogar ali para todo tipo de descarte, inclusive animais mortos (ENTENDA AQUI).
Após a própria Sedam recomendar, no ano ado, a adoção de medidas contra o lixão, a prefeitura chegou a cercar a área e até instalar câmeras, mas ninguém respeitava os pedidos para deixar de usar o espaço. Nem mesmo o próprio município, pois no dia em que foi aplicada a multa, um caminhão da Secretaria de Obras foi flagrado despejando lixo no local.
Atual secretário de Meio Ambiente, o ex-vereador Damasceno Serafim, disse que até tentou, mas ainda não conseguiu resolver o problema. Ele lista, porém, várias medidas que já estão em vigor, como o acordo com uma indústria cerâmica, que aceita dar destinação a alguns detritos.
Uma indústria de móveis da cidade também estuda receber sofás e outros itens velhos jogados na Linha 135. Outra ideia: usar um galpão para armazenar até 10 toneladas de itens como fogões e geladeiras jogados em locais públicos da cidade e recolhidos pela prefeitura, que depois serão enviados para uma indústria de São Paulo.
Enquanto tentar “quebrar” a multa aplicada pela Sedam, Damasceno pede ajuda à própria instituição estadual para lidar com outro problema: o mau cheiro que atinge vários bairros de Vilhena. A Sedam, ao contrário da Semma, dispõe de estrutura, inclusive de pessoal, para resolver esta situação, que envolve grandes empresas.