
Publicada em 30/05/2025 às 16h26
Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, voltou a se manifestar nesta sexta-feira (30) sobre o embate ocorrido com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante audiência pública realizada na última terça-feira (27). O episódio ganhou repercussão nacional após o parlamentar dizer à ministra: “Se ponha no seu lugar”, frase que gerou críticas de movimentos sociais e foi classificada pelo Ministério das Mulheres como um ato de misoginia.
No vídeo publicado nas redes sociais, Marcos Rogério contextualizou o episódio em meio à participação na Rondônia Rural Show. “Estão tentando calar a minha voz, mas eu não me curvo à patrulha ideológica”, afirmou. Segundo o senador, o motivo da controvérsia foi sua atuação como presidente da comissão. “Cumprir o meu dever como presidente da Comissão de Infraestrutura. Garantir a ordem, o tempo de fala e o respeito às regras”, disse.
Ainda segundo ele, as críticas se tratam de uma tentativa de censura. “Querem transformar um debate legítimo em espetáculo de censura. E mais, usar a bandeira da defesa das mulheres para atacar a liberdade de opinião. Isso é injusto com todas as mulheres que lutam de verdade por respeito e por igualdade”, declarou.
Na terça-feira, durante a audiência, a ministra Marina Silva reagiu às interrupções do senador dizendo: “O senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa. E eu não sou.” Em resposta, o senador afirmou em tom elevado: “Me respeite, ministra. Se ponha no seu lugar.” A fala repercutiu imediatamente entre os presentes e foi duramente criticada nas redes sociais.
Em nota oficial divulgada após o ocorrido, o Ministério das Mulheres classificou o episódio como “muito grave, lamentável e misógino”, afirmando que Marina Silva foi “desrespeitada e agredida como mulher e como ministra por diversos parlamentares”. A pasta também pediu uma retratação formal e a responsabilização dos envolvidos.
Já em outra postagem escrita, também divulgada em seu perfil oficial, Marcos Rogério reforçou sua justificativa. “Como presidente da CI, cumpri meu dever ao garantir respeito e ordem na Comissão. Não aceitarei que transformem divergências legítimas em um espetáculo de censura. O parlamento é espaço de debate, não de militância radical”, escreveu.
Ao final do vídeo, o senador reiterou seu posicionamento. “Eu não vou aceitar rótulos falsos. Não aceito que a divergência vire crime. Não aceito censura travestida de correção política. [...] Porque o Brasil precisa de parlamentares livres, de parlamento livre, sem censura e não de políticos amordaçados. Portanto, conte comigo e vamos todos por Rondônia e pelo Brasil. Vai vendo, Brasil”, concluiu.
