
Publicada em 13/06/2025 às 08h46
Porto Velho, RO – O delegado de Polícia Civil Marcos Correia, atualmente lotado na Casa Civil do Governo de Rondônia, registrou Boletim de Ocorrência (BO) contra o deputado estadual Marcelo Cruz, PRTB, negando formalmente todas as acusações feitas pelo parlamentar na noite da última quinta-feira, 12. Cruz o apontou como peça central em um suposto esquema de perseguição política, ameaça indireta e vazamento de informações sigilosas.
Em resposta registrada junto às autoridades competentes, o delegado sustenta que o contato com deterninada assessora do parlamentar, como exposto pelo membro da Assembleia Legislativa (ALE/RO), não teve caráter irregular nem inusitado. Ele frise, inclusive, que o secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende de Oliveira, tinha total ciência da interlocução entre ambos. Ele relata que a conhceu pessoalmente nas dependências da Casa Civil, tendo sido apresentado por um assessor técnico do governo. Na ocasião, segundo o delegado, foi a própria funcionária pública, lotada no Gabinete de Marcelo Cruz, quem solicitou e salvou seu número de telefone, o que é confirmado, segundo ele, pelo fato de seu nome constar salvo na agenda da interlocutora como “Marcos – Delegado C”.
Marcelo Cruz atribui frase de ameça ao delegado Marcos Correia, que nega / Reprodução
Marcos Correia confirma que, no dia 10 de junho de 2025, enviou mensagem via WhatsApp perguntando se o deputado estaria presente na Assembleia Legislativa. Após ser informado de que Marcelo Cruz não se encontrava na cidade, a assessora teria reado o número do chefe de gabinete. O delegado afirma, contudo, que não houve conversa com este último, pois “a dúvida já havia sido sanada”.
Sobre a alegação de que a mensagem enviada estaria configurada para autodestruição, como insinuado pelo parlamentar, a resposta do delegado não Correia reforça que o conteúdo da conversa foi institucional e relacionado à atuação da Casa Civil como elo de articulação entre o Executivo e o Legislativo estadual.
No dia seguinte ao contato, o chefe de gabinete do deputado teria recebido uma ligação anônima contendo a frase “Avise ao deputado Marcelo Cruz para tomar cuidado no aeroporto”. O delegado afirma que a tentativa de vinculá-lo ao episódio é infundada e sem qualquer base material. “Marcelo afirma, sem qualquer prova ou cabimento formal, que fui eu o autor da ligação. Isso é absolutamente inverídico”, diz em sua manifestação.
“Não bastasse, fez circulação de petição na mídia caracterizando a nítida intenção de praticar crimes contra honra e reputação deste delegado e ainda divulgando conversas pessoais sem o consentimento deste delegado”, aponta Correia, no Boletim de Ocorrência.
Ele deixou claro que irá mover uma queixa-crime contra o componente da Casa de Leis estadual e sua assessora.
Por fim, deixou claro que se coloca à disposição, incluindo, aí, seu telefone, mas sugeriu à autoridade policial competente “a apreensão dos aparelhos telefônicos” da assessora e do Chefe de Gabinete de Marcelo Cruz “para busca da verdade real”.
Na denúncia protocolada, Marcelo Cruz aponta a existência de uma suposta operação sigilosa que teria sido vazada por outro parlamentar, envolvendo a Casa Civil e, indiretamente, e o próprio delegado.
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