
Publicada em 29/05/2025 às 15h01
Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB-RO) divulgou na última quarta-feira (28) uma nota pública manifestando repúdio ao episódio ocorrido na véspera, durante audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal. A declaração ocorre após o embate entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da comissão, que resultou na retirada da ministra da sessão.
Na nota, Confúcio classifica o episódio como um “momento triste no Parlamento Brasileiro”, referindo-se à maneira como a fala da ministra foi “brusca e violentamente interrompida por alguns senadores”. Ele acrescenta que, independentemente de eventuais divergências ideológicas, é imprescindível manter o respeito entre autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo.
"Defendo a primazia do respeito entre uns e outros e, sobretudo, entre autoridades públicas do Executivo e Legislativo", afirmou o parlamentar. "Estou convencido de que não precisamos recorrer à misoginia, grosseria ou ao desrespeito para nos fazer ouvir ou defender nossas convicções."
O senador também expressou iração pela trajetória da ministra Marina Silva, destacando seu compromisso com pautas ambientais e sua atuação em prol do país. "Desnecessário dizer da minha iração pela biografia da ministra Marina Silva, do seu compromisso com o futuro, com o desenvolvimento sustentável e do enorme trabalho prestado ao País", escreveu. "A ela, meu respeito e solidariedade!"
O contexto da nota é a repercussão gerada após Marcos Rogério dizer à ministra, em tom elevado: "Me respeite, ministra. Se ponha no seu lugar", durante a audiência realizada em Brasília. A fala foi considerada ofensiva por senadores presentes e gerou reações públicas, incluindo uma manifestação do Ministério das Mulheres, que classificou o episódio como "misógino".
Em resposta, Marcos Rogério declarou que sua frase foi dirigida à posição institucional de Marina Silva como ministra de Estado, negando conotação de gênero. Segundo ele, a ministra teria agido de forma agressiva e desrespeitosa com os demais membros da comissão, o que motivou sua intervenção como presidente da sessão.
Até o momento, não há registro de pedido de retratação por parte de Marcos Rogério. O conteúdo completo da audiência está disponível nos canais oficiais do Senado.
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